sexta-feira, 16 de junho de 2017

Resultados OBF - 2017


9º ano
 Nome Acertos
 ELISEU ANTONIO KLOSTER FILHO 10
 GABRIEL H PODOLAN 9
 GUSTAVO CZEKSTER ALEXANDRE 5
 HELOISA DE OLIVEIRA QUINTO 8
 MAYSA KAIPERS 4
 PEDRO ORTOLAN MAZIERO 6
 RAQUEL ORTOLAN MAZIERO 2
 SAMARA MUNIZ GOMES ALVES 5
 VITOR ROBERTO OLIVEIRA DA SILVA 5




1ª série
 Nome Acertos
 CAIO PORTUGAL ZIEGEMANN 4
 ISAAC CAETANO GOMES 3
 JOÃO GABRIEL ROMERO RENZETTI 6
 LUIZ FERNANDO DIAS MORENO 3
 MARIA EDUARDA LOCATELLE 4
 MATHEUS CAMARGO PEREIRA DE JESUS 5
 MICHEL RAFAELLI 6
 PABLO HENRIQUE WOLF 9
 PAULA MARCELA CZAR MAZUR 5






2ª série
 Nome Acertos
 ANNA LUIZA DE ALMEIDA 5
 BARBARA PETRECHEN KULICZ 6
 EDUARDO TKACZUK FREITAS 6
 EMANOELA FLAVIA FAUST 2
 EVERTON MARCON 5
 GIOVANNA MARIA TESSER 5
 ISABELLA CRISTINA AMARAL DE LARA 8
 LUCAS EDUARDO BINSFELD 5
 MARCO ANTONIO LUZZI REQUIÃO 5
 MARCO ANTONIO ZERBINATTI BINI 5
 MARCOS FABIANO LOPES 5
 MARIA THERESA CONRADO 3
 MARIA VICTORIA PEREIRA DA SILVA 2
 MARINA DAL PIVA 8
 RAFAELLA SANTOS 6
 RODOLFO KRAUSE RIZZO 6
 WELINGTON KLOSOUSKI 3
 YASMIN NAVA SINHORIN 5






3ª série
 Nome Acertos
 AMANDA FABIOLA GREGIO 4
 ANA PAULA ZANETTI 3
 DANIEL GEFFER SALVALAIO 4
 DANIELA KLOSTER CLEVE 5
 EDUARDO RAFAEL BERTOL 8
 ERICA LIMA 5
 FELIPE EMANUEL BASNIAK DA SILVA 7
 FLAVIA GRANDE NICARETTA 4
 GABRIEL EDUARDO ZIMERMANN 4
 GABRIEL ROSVADOSKI 5
 GABRIELA FERNANDES SILVA 7
 GABRIELLY FOLMER 3
 GABRIELY SVENAR 4
 HELOISA CORDEIRO PEREIRA DE JESUS 5
 MATHEUS KULICZ 4
 SAMANTA KRUGER 5

Equilíbrio.

(OBF-2017) O Professor Physicson montou no laboratório três situações de equilíbrio para um mesmo bloco B, com peso equivalente a 1000,0 N, conforme as figuras abaixo. Identifique a ordem crescente das forças F1 , F2 e F3 aplicada por uma pessoa para segurar o bloco:
a) F3 , F1 e F2
b) F 2 , F1 e F3
c) F1 , F3 e F2
d) F3 , F2 e F 1
e) F2, F3 e F2

 
Primeiramente precisamos relembrar que em uma situação de equilíbrio a força resultante sobre um corpo é nula.

Na figura 1, a força F1 deve equilibrar a componente tangencial do peso (PB) do carrinho. (Estamos desconsiderando os atritos para essa solução).

A componente tangencial do peso é dada por: Pt = P . senα .
O ângulo alfa é o ângulo que o plano inclinado forma com a horizontal.
O seno do ângulo α (alfa) é obtido por:
  






Então a força F1 deve ser igual à componente tangencial do peso do carrinho.

 

Na figura 2, a força F2 deve equilibrar o peso do corpo B.
Neste caso temos:
F2 = PB
F2 = 1000 N

Na figura 3 precisamos relembrar outra condição de equilíbrio
Neste caso é necessário considerar o sistema como um corpo extenso. Portanto, além da força resultante ser nula, é necessário que o momento angular resultante seja nulo.
O momento angular é obtido através do produto da força que produz o torque pela distância ao eixo de rotação. (M = F . d). Portanto:


MF3 = MPB
F3 . d3 = PB . dPB
F3 . 2 = 1000 . 0,5
2 . F3 = 500
F3 = 500/2
F3 = 250 N

Podemos concluir que as forças escritas em ordem crescente são:    
F3 = 250 N, F1 = 300 N e F= 1000 N






quinta-feira, 15 de junho de 2017

A negação de Junho, quatro anos depois

A negação de Junho, quatro anos depois 
Por Pablo Ortellado

Não entendemos o buraco em que o Brasil se meteu sem retomar a agenda dos protestos de junho de 2013 e o seu legado. Junho selou um grande pacto da sociedade civil brasileira em torno da defesa dos direitos sociais e do combate à corrupção. Como foi possível então que seus desdobramentos tenham contribuído para levar ao poder talvez o mais corrupto dos nossos partidos políticos adotando um programa de governo que consiste basicamente na subtração de direitos?
Pesquisas apontam que em junho de 2013 algo como 12% da população brasileira saiu às ruas com reivindicações diversas que podem todas ser resumidas em dois grandes eixos: direitos sociais (transporte, educação e saúde) e combate à corrupção (em geral ou especificamente na Copa do Mundo).
Na teoria sociológica se diz que o processo de mobilização social é feito de círculos concêntricos, cada vez maiores à medida que o engajamento diminui. Para exemplificar, isso significa que se uma passeata leva 10 mil pessoas às ruas, ela terá, digamos, 50 mil apoiadores ativos, que em algum momento podem vir a aderir ao protesto; ela contará ainda com 200 mil apoiadores passivos, que podem assinar uma petição ou falar com os amigos, mas que provavelmente não vão sair às ruas e terá, por fim, um ou dois milhões de pessoas que apenas têm uma opinião coincidente com quem se mobilizou.
Em junho de 2013, como 24 milhões de brasileiros tomaram as ruas, o número de apoiadores seguramente foi da ordem de dezenas de milhões de pessoas e a concordância com a demanda dos protestos foi de quase toda a população, como, aliás, atestam todas as pesquisas realizadas naquele momento. Um engajamento dessa magnitude forja um compromisso profundo, um verdadeiro pacto social.
Junho de 2013 é, assim, o pacto que respaldou e confirmou o conteúdo social da Constituição de 1988 ao mesmo tempo em que rejeitou o modus operandi das forças que disputavam a direção do Estado, baseado na subtração de recursos públicos para fins eleitorais ou privados. Junho é um levante da sociedade civil contra o Estado em defesa dos seus direitos que arrancou, por meio da mobilização de rua, a redução do preço das passagens de transporte e um conjunto de medidas legislativas que facilitaram o combate à corrupção.
O que vimos depois de Junho é a recuperação deste perigoso levante popular. Velhas e novas forças políticas retomaram o controle da sociedade civil explorando um dos eixos dos protestos: a esquerda se arvorou a campeã dos direitos sociais e a direita, a paladina do combate à corrupção. Com isso, as forças políticas cindiram ao meio o conteúdo reivindicatório de Junho, enfraquecendo e dobrando a sociedade civil, colocando uma metade contra a outra, numa luta fratricida que só favoreceu a classe política como um todo.
De um lado, a esquerda da sociedade civil, ludibriada pelos partidos, foi levada a acreditar que os que se indignavam com a corrupção não passavam de cínicos que, no fundo, só queriam reverter as conquistas sociais dos anos Lula. Do outro lado, novas e velhas lideranças políticas faziam os indignados com a corrupção acreditarem que a esquerda era toda ela composta de petistas sem caráter que defendiam a corrupção. E enquanto, na base, a sociedade se polarizava numa guerra despropositada entre os puros e os justos, no topo, a pragmática classe política respirava aliviada com a sobrevida que tinha conquistado pelo enfraquecimento dos de baixo.
É esse enfraquecimento gerado pelo conflito na sociedade civil que explica como que, a despeito do grande consenso em torno dos serviços públicos e do combate à corrupção, o desdobramento dos protestos permitiu que emergisse o seu oposto: a ascensão de nosso pior partido político com a missão de limitar os serviços públicos e encontrar algum tipo de salvaguarda contra as investigações da Lava Jato.
Divididos, não temos força para impor a agenda da sociedade como fizemos em 2013. E enquanto brigamos, a classe política aproveita nossa fraqueza para transformar o legado de junho de 2013 no seu avesso.